Um estranho ser labuta intermitentemente num estabelecimento de saúde. Um jovem médico que em breve deixará de o ser. Antes que ele se aperceba, uma nova vida emergirá das profundezas da sue psique. Uma vida paralela, um futuro inadiável, a expressão do arco da história na sua experiência consciente.
Esta é uma documentação poética dessa expressão ao longo de dez anos, através de várias cidades e estádios de desenvolvimento: Em Lisboa, a emergência da criatividade aprisionada; em Viena, a sua explosão e lenta cristalização; e em Berlim o inevitável decaimento.
Neste diário, as dinâmicas psicológicas das dores de crescimento, euforia, desenraizamento e desilusão são revisitadas através de um plano alegórico alicerçado em conceitos das ciências naturais.